Terça-feira, dia 29 de março, fomos ao Grand Rex ver o show da Joan Baez. As minhas expectativas já eram boas, afinal ela é uma das minhas cantoras preferidas, mas eu confesso que pensei: ela tá com setenta anos, se ela fizer um show de meia hora e não conseguir alcançar os agudos ela estará totalmente perdoada.
Chegamos uma hora e meia antes do show pois compramos ingressos não numerados para balcão alto, pobre sofre. Já tinha umas 50 pessoas na fila. Uma hora antes do show, abriram os portões e conseguimos pegar um bom lugar. Enquanto eu acompanhava o teatro encher, fiquei analisando o público: muitas figuras exóticas e a maioria delas com mais de 65 anos. O Grand Rex lotou, ou seja, aproximadamente três mil pessoas esperando a rainha do folk entrar. Pra variar, tinha um francês fedendo a esgoto do nosso lado. Mas não atrapalhou muito, pois ele só fedia quando se mexia.
Às oito horas e quinze minutos as luzes se apagaram e ela apareceu no palco de calça jeans, echarpe vermelha e camisa e cabelos brancos. Bem como eu imaginava: elegante, sorridente e carismática.
Saudou os fãs em francês e começou o show. Nas primeiras três ou quatro músicas era só ela e o violão, depois entrou mais um músico que se dividiu entre o piano, o bandolim, o violão, o banjo, o baixolão e o violino. Ela superou todas as minhas expectativas. Que voz, e que agudos! Aquela senhora de setenta anos fez duas horas de show e voltou quatro vezes para o bis! Das músicas que me lembro: “House of the Rising Sun”, “Imagine”, “Suzanne”, “Le Déserteur”, “Were Have all the Flowers Gone”, ”Blowing in the Wind”, “Manhattan Kaboul”, “There but for Fortune”, “Donna Donna”, “Long Black Veil”, “Jesse”, “Gracias a la Vida”, e para minhas lágrimas de alegria, “Diamonds and Rust”.
A Joan Baez nos traz diamantes.
ResponderExcluirNada de ferrugem ou mofo.
Ela esposou a eternidade. Pra sempre.
Adoro Manhattan Caboul!!!!
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