sexta-feira, 29 de junho de 2012

Encore, très joli :)

Quando pisei em Paris pela primeira vez, tive logo certeza de que meus laços com a “ville lumière” seriam intensos e duradouros. Lá, desde o metrô até o Opéra, tudo me fascinou imediatamente. No tempo em que morei em Paris, entre 2010 e 2011, escrevi este blog que conta algumas histórias que vivi por lá. No começo, o blog era só um jeito de tentar transmitir aos meus amigos o que eu estava vivendo; porém, em pouco tempo, comecei a receber e-mails de brasileiros de todos os cantos do mundo querendo informações e dicas para resolver problemas cotidianos e aproveitar sua estada em Paris.
Tudo isso foi muito divertido: naquele período, escrevi quase 80 textos e, pra meu espanto, o blog teve mais de 15 mil acessos. No entanto, um mês antes de ter que voltar ao Brasil, uma tristeza se abateu sobre mim. Eu não queria retornar; pelo menos não naquele momento. Então, parei de escrever. Simplesmente não conseguia. Teria que deixar passar essa fase e esperar que, quando chegasse ao Brasil, pudesse contar as histórias que faltaram no blog. Porém, até hoje, não pude: olhar as fotos da viagem já me deixava morrendo de saudades, e o bloqueio continuou. Logo constatei que a minha inspiração ficara presa em algum lugar entre o Quartier Latin, o Marais e o Montmartre.
O que ainda me faz sentir que estou na França é o fato de dar aulas de francês. J’adore! É muito bom trabalhar com essa língua e poder dividir com os alunos a minha experiência. Me deixa feliz também saber que estou colocando em prática tudo que aprendi lá, afinal trabalhei duro para me tornar uma boa professora: além de quatro horas de curso por dia, cantava no coral da Cité Universitaire e participava de diversos grupos de conversação. Voltar ao Brasil ensinando francês me faz sentir que algo importante da França continua comigo.
Para deixar o meu sonho francês ainda mais real, em março recebi uma notícia maravilhosa da Carol e da Stela, da Aliança Francesa: fui selecionada para fazer um curso de um mês para professores em Vichy, proporcionado pela própria Aliança, pelo CNOUS e pelo CAVILAM.  Quando soube da notícia quase caí da cadeira de emoção.  O tempo foi curto para arrumar todas as coisas, pois eu conciliava meu trabalho como professora com um cargo em uma empresa. Não pensei duas vezes: pedi minha demissão da empresa para me jogar de corpo e alma em Paris.
Por isso, aguardem, porque no momento em que você ler este texto eu provavelmente já terei desembarcado no aeroporto de Orly, pronta para uma nova aventura, e logo terei muito mais histórias francesas para contar.

Um comentário:

  1. Bem percebi que os posts tinham parado hehehe Mas muito legal o que tu comentaste. Boa sorte no curso e muito mais como professora ;)
    Que Deus te abençoe.

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