sábado, 4 de dezembro de 2010

Neve

Faltam quase vinte dias para o inverno, mas aqui já começou a nevar há mais de uma semana. Logo, acabaram os nossos passeios pelos bosques e parques, e isso por dois motivos: o primeiro é que eles ficam fechados quando neva; o segundo é porque também dá muita preguiça sair de casa quando se olha pela janela e se tem a sensação de que até dentro da geladeira está mais quente. Então ultimamente a gente só faz programas em lugares fechados: cinema, concertos, barzinhos e a geladeira.
Hoje, porém, resolvemos deixar o nosso iglu e fomos caminhar pela cidade, apesar dos termômetros estarem marcando sensação térmica de -6º C. Quando passávamos pelo gramado principal da Cité Internationale, que mais parecia uma pista de esqui, um grupo estava brincando de guerra de neve. Ao chegarmos perto, fomos bombardeados pelas granadas brancas. Era o nosso amigo argentino Gonzalo e mais três japoneses que resolveram tirar o dia para se esquentarem correndo por aí. Não ficamos para participar da brincadeira, porque queríamos ver se o Sena estava congelado. Chegando à Rive Gauche, vimos que o rio ainda possuía forma líquida, ao contrário da neve das suas margens. Às cinco horas da tarde, eu não aguentava mais ficar na rua, então acabamos o dia num restaurante quentinho do Quartier Latin.
Não nasci pra passar frio e minha saúde nunca foi de ferro. Já fiz um estoque de mel e limão para poder sobreviver a esse inverno europeu. E só não escrevo esse texto mais longo porque até o cérebro já está congelando.










Um comentário:

  1. O Douglas de barba parece o Julio Cortazar na fase revolucionária. Em Paris, claro, não em Cuba, que ele não era bobo.

    A Renata é Rita Lee garvando o Tecnicolor em Paris.

    E eu sou o ar da foto.

    Afinal, Paris é ou não é uma festa?

    Aguardamos respostas - em livros de memórias

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