Ainda em maio de 2008, começamos um curso de francês, mesmo sem ter certeza sobre a viagem. Tínhamos que nos preparar, pois ouvi dizer que os franceses detestam falar inglês. Mas havia alguns empecilhos: a grana estava curta, a parcela do apartamento era altíssima; não tínhamos carro, porque ele virou argamassa do apartamento; não tínhamos muito tempo livre: nenhuma noite em comum. A Deise , minha cunhada, lembrou de uma amiga que morou dois anos e meio em Marseille: a Rosane. Ela topou nos dar aula no nosso apartamento, aos sábados, ao meio-dia e ainda fez um preço muito camarada. Foi a nossa salvação.
As aulas são muito boas e proveitosas. Fora algumas diferenças de personalidade entre os alunos. O Doug e eu nos damos muito bem como marido e mulher, mas, como colegas, somos um desastre. Eu não aguento algumas perguntas que ele faz e acabo tirando sarro da cara dele. Pra mim, ele para muito as aulas com porquês desnecessários, enquanto eu prefiro deixar a coisa fluir mais. A Rosane, que é uma ótima professora, se empenha em tirar todas as dúvidas do meu colega. Ele deve me achar uma colega muito chata e rabugenta. Eu também o acho um colega pé no saco. A nossa professora ri e eu não sei se ela está se divertindo ou se está arrependida de ter nos aceitado como alunos.
A Rosane é uma pessoa fantástica, super bem humorada, inteligente e amável. Além das aulas, ela nos ajuda com algumas questões burocráticas, receitas culinárias, depoimentos da sua estada na França e até com terapia de casal.
Enfim, entre ótimas aulas, cafés e brincadeiras, estamos nos virando muito bem no francês. Nossas aulas vão até a última semana de agosto deste ano. Já sinto falta da nossa querida amiga "professeur".
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