segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A saga do visto parte I


            Cidadão brasileiro pode entrar na França sem visto somente para uma estada inferior a 90 dias. Então, tivemos que encarar mais essa jornada rumo a São Paulo, pois em 6 de outubro de 2008 foi implantado o sistema de coleta de dados biométricos (fotografia e impressões digitais) para todas as pessoas que precisam de visto para ingressar na França ou no Espaço Schengen e  isto não pode ser feito em Porto Alegre.  
            A documentação exigida nós encontramos no site do consulado de São Paulo (saopaulo.ambafrance-br.org). Como o Doug vai a estudos, a burocracia é um pouco menor do que se fôssemos somente para visitar. Eu vou como dependente dele. Ainda bem que casamos no civil no início do ano, senão, a essas alturas, eu estaria chupando o dedo, pois eles são bem rigorosos nesse sentido.
            Como o Doug estava envolvido até o pescoço com a tese, eu cuidei de toda a parte burocrática. Tudo bem, vamos lá, Paris vale todos os sacrifícios.
            Comprei as passagens mais baratas que encontrei. Voamos pela WebJet. O Douglas ficou um pouco desconfiado e me fez garantir que não voaríamos com galinhas penduradas em gaiolas. Que nada! A companhia ainda não é muito conhecida, mas nada deixou a desejar. A viagem foi tranquilíssima e a empresa aérea ainda oferece ônibus grátis para o trajeto Guarulhos-Congonhas e vice-versa.
            Viajamos no dia 23 de julho e marquei a entrevista no consulado para dia 24, as 11:15 da manhã. Chegamos cedo: 10:30. O prédio gigante do consulado fica na Avenida Paulista, ao lado do MASP. Nos encaminhamos ao 14° andar, o nosso destino, e encontramos umas 8 a 10 pessoas esperando com o mesmo propósito que nós.
            O nervosismo estava estampado em todas as faces, inclusive nas nossas.  Ainda mais quando olhei para o relógio e batiam as 11:55. Fiquei com medo de que eles fechassem as portas a qualquer momento e tivéssemos que remarcar um outro horário, pois o site do consulado informa que o funcionamento vai das 8:00 às 12:00. O pensamento pessimista não se concretizou, uns dois minutos antes do meio dia, o Douglas foi chamado. Já entrei com ele, munida até os dentes de documentos. Posso dizer que sou uma pessoa prevenida: levei o que precisava e o que não precisava também, só para garantir.
Ao contrário de muitos que foram atendidos antes de nós, o procedimento foi rápido e até cordial. Nada como um “bom dia” com firmeza e a documentação em ordem minuciosamente precisa. Agora aproveitem São Paulo, disse a moça do consulado depois de conferir toda a papelada, o visto de vocês ficará pronto no dia 11 de agosto.

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