sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A viagem

              Saímos de Bento às 8:30 da manhã. O pai do Doug nos levou até o Salgado Filho. Declaramos os bens importados na Receita Federal e embarcamos pela TAM a São Paulo para a primeira conexão. Para a nossa sorte, a bagagem foi despachada direto a Paris. Uma hora e pouco de voo e descemos em Guarulhos. Ficamos 5 horas esperando entre um voo e outro. Mas sem as malas para atrapalhar, conseguimos circular por todo o aeroporto e o tempo passou voando. Às 19 horas embarcamos com mais trezentas pessoas no Boeing 777-200 da KLM com destino a Amsterdã. Apesar da classe ser econômica, que luxo de voo! Perdi a conta de quantas vezes aquelas elegantes aeromoças holandesas, loiríssimas, passaram com comidas, bebidas e delicadezas. Até lencinho umedecido, quente e cheiroso para limpar as mãos. Além do atendimento finérrimo, tínhamos um DVD com fones e controles individuais.  A programação do aparelho era gigantesca: dava pra dar umas 50 voltas ao mundo e não repetir nada. Além de muitos filmes, tinha músicas, jogos e uma tela onde apareciam as coordenadas do avião: o tempo e os quilômetros que já tínhamos voado, a altura em que estávamos, a velocidade e o tempo que restava de viagem. Nem deu tempo para se entediar. Quando cansava de ler o Ponche Verde, via um filme, e assim passaram horas sem eu perceber. Chegou um momento em que lembrei de olhar para os lados: o avião dormia, inclusive o Douglas. Resolvi tentar dormir também, mas só o que consegui foram umas cochiladas de vez em quando.
Foi a noite mais rápida da nossa vida: 5 horas de fuso confundem um pouco nosso cérebro. Tomamos o café da manhã ainda no avião e às 11:35 desembarcamos no aeroporto Schiphol.
                A cidade de Amsterdã, vista de cima, é uma beleza: Tudo planinho, gramados enormes, casas  simétricas. Pena que ficamos só duas horas por ali. Só deu tempo de conhecer um bar no aeroporto e sair correndo para pegar o último voo, dessa vez pela Air France. Nesse voo encontramos muitos brasileiros. Acho que eram de algum pacote turístico, pois todos se conheciam e se comunicavam berrando de um canto a outro do avião. O Doug e eu ficamos disfarçados ali no meio e quando o aeromoço francês veio nos servir eu pedi em francês pra ele não pensar que estávamos junto com a galera do carnaval aéreo.  
                Uma hora e vinte de voo, o piloto deu sinal de que iríamos pousar...
                e....
                lá estava ela...
                Bem longe, pequena ainda.....
                Será que é? Disse o Doug.
                Nisso o avião se aproximou mais e confirmamos:
                Era mesmo!  
                A Tour Eiffel!
                Nesse momento, trocamos um último olhar e nem falamos mais nada. Cada um ficou com seus pensamentos e sentimentos. Chegar pertinho de Paris e ver a Torre é uma sensação mágica, como seu eu estivesse chegando em algum reino encantado de que ouvia histórias quando criança. Meu coração começou a pulsar muito forte.   Apertei a mão do meu amado que devia estar sentindo algo parecido e aproveitei aquele momento que poderia durar uma eternidade que eu não cansaria.  Mas foram só uns minutos. Paris, nous sommes arrivés!    

2 comentários:

  1. Sem palavrasssssssssssss...... Renata falaste tudo .....meu coração tá batebdo como se estivesse aí!!!!!

    Beijos sucesso...

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  2. Eu estou contanto os dias pra voltar pra Europa. Dessa vez, em vez de um vôo RJ Tom Jobim - SP Cumbica - Paris CDG - Frankfurt Frankfurt aim Main vou fazer o trajeto RJ Tom Jobim - Paris CDG - Milão Linate. Menos cansativo. Amo viajar.

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